PRA VOCÊ, MARCUS

Quanto vale a sua vida?

Se não vale nada,então estão justificadas todas as loucuras vividas,todo tempo jogado fora,todo dinheiro desperdiçado...

Será que não mais se lembra quando a gente pegava estrada rumo à praia com o carro lotado da alegria que as crianças traziam nos olhos,ou dos nossos almoços domingueiros, quando ao redor da mesa farta nos rendíamos ao prazer de estarmos juntos...

Será que também não significou nada o dormir e acordar agarradinhos na mais pura preguiça das frias manhãs de inverno?

Ensinar o Arthur andar de bicicleta,buscá-lo na escolinha de futebol...

Admirar a beleza da Ana Alice ficando mocinha,já morrendo de ciúmes do príncipe que irá roubá-la de nós...

Impossível!!!!!!!!!!!!!

Então,se mesmo que lá no fundo,essas lembranças tenham mexido com você,sua vida terá valido à pena.Agora ,se  preciso for,você deve fortalecer sua vontade para conseguir driblar as adversidadesque se apresentam e permitir que outros gostosos momentos despontem no horizonte dessa nova fase de sua vida.

Novamente: O Tempo

E o tempo passa...passa muito depressa...
Embora tenhamos o hábito de dizer que queremos que o tempo passe , que nossos filhos cresçam,que as férias cheguem e sei mais lá o quê, a constatação dessa realidade nos assusta...Não estamos verdadeiramente preparados para o confronto com o espelho e a certeza de que ele, o tempo, passou tão rápido que não foi possível realizarmos  nossos sonhos e que talvez,nem cheguemos a fazê-lo.
Ai vem aquela sensação sombria de que de repente poderíamos ter feito diferente, quem sabe se tivêssemos tempo?...
Mas ai não tem mais jeito,pois o tempo passou,assim como pedíamos,rápido demais,deixando-nos a sonhar com o que poderia ter sido.

                                             

TEMPO,TEMPO,TEMPO...

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."

Fernando Pessoa.